Trending

Minha Jundiá, minha historia.

Fui um garoto sortudo e abençoado. Cresci em Jundiá, na comunidade de Santa Fé que tem terra boa para o cultivo e para se apaixonar pela natureza. Um encanto de beleza e de um povo trabalhador. 
 
Andei pelas ruas, estradas e matos apreciando as belezas que essa terra possui. Uma terra abençoada por Deus. Através de minha grande admiração pela minha Jundiá, enchi o meu coração de alegria e descrevi em poesias. 
 
Tomei banho no famoso, “Rio de Seu Mané Nania”. Corri pelas ruas e estradas com o pau-de-vassoura, pensando que estava em cima de um cavalo. E joguei pedras dentro dos rios para vê e escutar elas se afundarem. 
 
Dancei, nos maravilhosos arraias juninos da minha Jundiá. E brinquei várias vezes nas quadrilhas de minha terra, inclusive dancei com Joyce Cristina uma vez. 
 
Na grandiosa “Filhos do Sertão”, quadrilha junina da minha comunidade só me restava admirar. E assistir muitas vezes ainda, a maravilhosa Encanta Jundiá. 
 
Escutei muito, o grupo musical do meu amigo, Aurélio Luiz, Swing de Lata. Tinha horas, que eram tantas batidas nas latas que não dava para aguentar os barulhos. Mas no fim, era apaixonante a alegria que habitava os corações dos ouvintes. Todo mundo feliz. 
 
Joguei muito futebol com as meninas. Assistir muito, o nascer do sol todas as manhãzinhas e o pôr-do-sol todas as tardezinhas. 
 
Ah... Até hoje lembro... Como era importante para mim, vê o céu. Deitava nas calçadas ou até mesmo nas ruas de paralelepípedo, para assistir o espetáculo que as nuvens davam no alto do céu.
Realizei eventos, muitos eventos. Para as pessoas da minha comunidade e da amada Jundiá. E a felicidade habitava no ar. Nos rostos dos meus conterrâneos. 
 
Assistir muitos filmes, na casa de Dona Luzia. Comi muito pão da padaria da Márcia e do João. 
 
Não tenho mais a quantidade de vezes que fui à casa da Graça para conversar.
 
Procurei um amigo e encontrei um anjo, Wallacy Talles (In memoria) aquele que me faz falta tanto. 
 
Conheci grandes pensadores como o Miguel Penha, Poeta e Cordelista. Uma grande professora, Almira Alves (In memoria) entre tantos outros. 
 
Lembro que amava escrever nos muros, árvores e pedras. O meu nome ou frases.
 
Frequentava muito, numa roda de conversa que tinha na casa da minha amiga Edite. Expressava lá, meus desejos de aventuras pelo mundo e enchia as cabeças das pessoas com os meus sonhos. Fazendo todos, chamarem de “garoto louco”, mas admirarem minha esperança de conseguir realizar meus sonhos. 
 
Com tudo isso e muito mais coisas que não caberiam aqui, a literatura foi contribuindo com os meus dias. Ajudando a expressar meus sentimentos nas páginas de cadernos que meu pai, José, e minha mãe, Piedade, compravam e davam. 
 
Assim, a literatura foi me levando ao desejo de atuar. Encantando-me com o teatro e fazendo o cinema ser parte de mim. Onde-se, apresentar se tornou parte de quem eu sou. Sendo assim, a “Menino Jesus” se tornou meu lar, a minha casa de atuar. A Escola que eu estudava era a casa de sonhar. 
 
Então queria mais! E decidindo lançar e publicar meus livros, decidir batalhar. E o povo de Jundiá fez o sonho se realizar.
 
Deus ouviu meu coração e o povo se deram as mãos. Hoje, são três livros que saíram do sonho, se tornou realidade e virou admiração. 
 
São muitas coisas que poderia contar de uma mente jovem. Sendo memórias boas. De um garoto sonhador que nunca deixou de sonhar. 
Fonte: Potiguar Noticias

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem
header ads
header ads