Produção chegava
a 50 mil toneladas de castanha por ano em Serra do Mel.
Mas nesta safra a quantidade não deve atingir oito
mil toneladas.
Há três anos, os agricultores do Rio Grande do Norte não
conseguem colher uma boa safra de caju. A seca comprometeu a produção das
castanhas e as vendas para o exterior precisaram ser suspensas.
A colheita do caju começou, mas esse será
mais um ano de dificuldade para a população de Serra do Mel. A falta de chuvas na região tem prejudicado
a produção de castanha, principal fonte de renda das famílias potiguares.
O município, que costumava produzir 50 mil
toneladas de castanha por ano, não deve chegar a oito mil toneladas nesta
safra. Em época de safra produção, haveria ao menos oito pessoas trabalhando em
um dos lotes da região. Mas hoje não há ninguém no local.
As chuvas na região se concentram entre
janeiro e abril. O volume médio esperado seria em torno de 800 milímetros, mas
choveu apenas 300 milímetros. Foi menos que a metade do previsto.
A única cooperativa do estado que
exportava a amêndoa não está negociando com compradores de fora do país porque
não tem produto suficiente para atender aos pedidos.
“Esse ano, o pessoal da Europa já está entrando
em contato para comprar. Mas a gente está com medo de fechar um pré-contrato e
não cumprir. Se a gente não cumpri um contrato, quem paga é a gente. O preço é
muito alto”, diz João Duarte, presidente da Coopercaju.
A menor oferta provocou aumento no preço
da castanha. O quilo está sendo vendido por R$ 3,00. No ano passado, valia
2,50.
Fonte: g1.com.br/rn