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Machado cita potiguares defensores do impeachment em recebimento de propinas.

Foto: mineiro do PT
Em delação premiada divulgada nesta quarta-feira (15), o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado acusou mais de 20 políticos de receber propinas de desvios na subsidiária da Petrobras. Dentre eles, foram citados os potiguares ferrenhos defensores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, contra quem não há prova de irregularidades: Garibaldi Filho, Walter Alves, Henrique Alves e José Agripino e Felipe Maia.
Para o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), a cada dia que passa, as delações revelam o envolvimento de acusadores do PT e de Dilma. “Que sejam feitas as apurações e os culpados, penalizados”, ressaltou. “Este processo revela a falência do atual sistema político,  dominado pelo poder econômico no processo eleitoral, e é isto que precisa mudar”.
Mineiro aponta que as citações a esses parlamentares apenas reforçam a tese de que o afastamento de Dilma é golpe. “Está vindo à tona aquilo que se comentava nos bastidores. A população tem tido cada vez mais acesso a informações que deixam muito claro o que está em curso no Brasil, toda a armação que fizeram contra a presidenta eleita”.
Segundo Mineiro, a presidenta afastada não possui nenhuma acusação contra ela nestes casos de corrupção. “A intenção dos golpistas é justamente frear as investigações desses esquemas junto ao poderes responsáveis”.
Na delação, Machado afirmou que teria repassado R$ 700 mil ao senador Garibaldi Filho. “Durante a minha gestão na Transpetro foram repassados ao PMDB, ao que me recordo, pouco mais de R$ 100 milhões de reais cuja origem eram vantagens indevidas pagas por empresas contratadas; que desse valor, R$ 700 mil foram repassados, via doação oficial, ao senador Garibaldi Alves”, consta no documento. Diz ainda o delator: “Que ele me pediu recurso para candidatura de seu filho Walter Alves, que era candidato a deputado Federal; Que eu o ajudei através de uma doação oficial no valor de R$ 250 mil feita pela construtora Queiroz Galvão”.
Machado afirma ainda que teria doado R$ 300 mil em 2010 para o senador José Agripino e R$ 250 mil, em 2014, para o filho, deputado federal Felipe Maia. “Que durante o período eleitoral ele me pedia doações políticas; que eu o encontrava, combinava as doações e os valores, sempre somente na época de eleições e sempre por meio de doações feitas ao diretório nacional ou regional do partido DEM; que depois eu lhe comunicava qual empresa que iria doar. Ele procurava junto ao partido”, consta na delação.
Na delação, consta também o repasse de mais de R$ 1,5 milhão a Henrique Alves. “Pela empresa Queiroz Galvão foi pago R$ 500 mil (2014); R$ 250 mil (2012); R$ 300 mil (2008); que pela empresa Galvão Engenharia foi repassado R$ 500 mil (2010)”, diz o depoimento.
Fonte: Folha de São Paulo

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