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Após curta trégua, bandidos voltaram a atuar contra motoristas e passageiros.

Durou pouco tempo a sensação de segurança e a reação eficaz da Polícia Militar contra os assaltos no sistema de transporte coletivo. Menos de três dias após o início da “Operação Saturação”, os bandidos voltaram a agir com violência e, em menos de 10 horas (entre 21h de terça-feira e 6h da quarta-feira), três assaltos a ônibus foram registrados. No mais violento deles, os criminosos atiraram e o motorista ficou ferido. Trabalhadores do setor temem o pior, pedem empenho dos policiais e ameaçam abandonar os empregos. Polícia afirma que abordagens vão continuar. Ontem, mais uma operação foi realizada na Avenida Bernardo Vieira.
O clima entre motoristas e cobradores que atuam no sistema de transporte público de passageiros em Natal é de apreensão e revolta. Os crimes registrados nos últimos dias – vários assaltos e homicídio de um motorista – revelam que a insegurança predomina no setor. A “onda” de crimes expõe ainda a fragilidade da segurança pública que, mesmo determinando uma ação específica para evitar tais crimes, não consegue dar a resposta esperada pela sociedade.

A ousadia dos bandidos desafia a força policial e a estratégia de resposta montada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesed). Na manhã de ontem, dia 19, o ônibus que faz a linha 77 (Mirassol/Parque dos Coqueiros) foi alvo de uma dupla de bandidos. A ação foi registrada na Avenida dos Expedicionários, em Parque dos Coqueiros, por volta das 6h. Um dos bandidos anunciou o assalto na parada do ônibus enquanto o outro aguardava em outro ponto da avenida. A menos de cem metros do local, há um posto da PM que, no momento da ocorrência, segundo testemunhas, estava vazio.

Os casos de violência que têm como pano de fundo o sistema que é utilizado, diariamente, por mais de 500 mil passageiros, se repetem ao longo dos anos. Não é difícil encontrar motoristas, cobradores ou usuários que foram vítimas de bandidos que agem em ônibus que circulam em Natal ou entre outro municípios. Às vezes, a mesma pessoa foi vítima mais de uma vez.

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