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Governo anuncia medidas para estimular o crédito e aquecer a economia.

BRASÍLIA - Preocupado com o lento crescimento do país, o Banco Central tomou medidas nesta sexta-feira para estimular a economia e aumentar o crédito disponível no mercado. A principal delas foi alterar a regra dos chamados depósitos compulsórios (parte do dinheiro depositado pelos clientes que os bancos são obrigados a recolherem aos cofres do BC). Em uma medida que pode injetar R$ 30 bilhões no sistema financeiro, a autoridade monetária decidiu liberar até metade dos recursos relativos aos depósitos a prazo. Ou seja, em vez de ter de entregar ao BC, os bancos podem emprestar esse dinheiro ou até comprar carteiras de crédito de outros bancos. A autorização tem prazo de um ano.
A medida ocorre um dia após o BC ter descartado, na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), um novo corte na taxa básica de juros, hoje em 11% ao ano. No entanto, segundo economistas, na prática, a medida terá o mesmo efeito que uma redução na Selic.
— A despeito do discurso de não cortar taxa de juros, hoje ele (o BC) faz uma medida no sentido contrário. O BC mandou sinais contraditórios ao mercado — avalia o economista André Perfeito, da Gradual Investimentos.
Para Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a medida não garante, necessariamente, uma melhora na expansão da economia:
— O momento atual não é de falta de liquidez (dinheiro disponível no mercado). O momento é de um problema de confiabilidade. Quem emprestar não vai conseguir tudo de volta porque a economia está se desacelerando.
Segundo o comunicado do BC, os depósitos compulsórios subiram de R$ 194 bilhões em 2009 para cerca de R$ 405 bilhões hoje. Foram R$ 50 bilhões adicionados apenas nos últimos doze meses. O BC considera esse um nível elevado de liquidez "esterilizada", ou seja, sem uso. Além disso, o crédito está travado e a inadimplência, em patamares relativamente baixos.

Fonte: o globo

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